19.06.2015 / Crônicas

Lar ou só um lugar para dormir? Mesmo numa viagem perfeita, num mundo ideal em que você possa escolher o hotel cinco estrelas com a sua cara para levar sua família, nada deve ser tão precioso quanto voltar para casa. Um tempo longe e, no retorno, redescobrir a tonalidade do amanhecer, o cheiro, a vista da janela de um ângulo que só você vê, o lar, doce lar. Seja naquele quadro do Luciano H...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

O burrinho de pelúcia trazido de Santorini estava lá em cima da cama. Ele parecia um pouco encalorado por conta da sensação térmica desses dias quentes, mas imediatamente veio a imagem da brisa sobre ele numa das vielas da ilha grega. Tudo branco ao redor, céu azul e vento incessante. Se você parar para admirar o céu, vai reparar: ele não está lá estagnado, as nuvens passam sem parar em...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

Eu tinha acabado de ler a notícia sobre uma inglesa detida nos Emirados Árabes. Ela bebeu demais e, segundo o taxista, teve relações sexuais com um turista no banco de trás do carro. A moça negava a acusação, mas seu pass...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

‘Deixa-me encantar, com tudo teu, e revelar, lalaiá...’, o trecho do samba ‘Das Maravilhas do Mar, Fez-se o Esplendor de Uma Noite’ (da Portela, de 1981), embalou muitos dos meus carnavais e eu berrava no auge da música: ‘A luz raiou pra clarear a poesia / Num sentimento que desperta na folia (Amor, amor)!!!’ Tinha um clima de romantismo no ar, de sedução, de suingue, que me fazia ...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

Os pecados são vistos com uma certa benevolência. Mesmo os mortais, dos quais não há arrependimento, nem mesmo pedido de perdão, nem perdão. Lista da qual todos deveriam se livrar em nome de um lugar no Céu, mas que vai-se levando. Gula? Perdoável. É vista com generosidade, na figura bonita da saúde, de quem gosta de se fartar, nunca de alguém que tira do outro para comer. Gula parece s...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

Fica combinado o seguinte: 1) Ninguém mais vê uma pessoa parada na calçada, dá dois passos à frente e fura a fila do táxi; 2) Quem estiver com guarda-chuva debaixo de um pé d’água deve dar o lugar embaixo da marquise para quem estiver sem; 3) Não é porque você tem só um item no supermercado que deve pedir para passar à frente: siga para o caixa-rápido; 4) Se esbarrar em alguém, pe...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

Ouvi boatos de que o mundo ia acabar, mas estava muito sem tempo para dar atenção a isso. Ah é? O mundo vai acabar? Bom, se acabar a gente não vai nem saber, porque será o fim mesmo e pronto. A trombada será grande e todos vão sumir em segundos, não vai nem doer. “Ué, mas o mundo não acaba diariamente para centenas de pessoas?” Supondo que hoje seja meu último dia, o que eu faria...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

Acordavam cedo com os galos. Lá fora era frio e a grama estava coberta de orvalho. Na cama, sem aquecedor, pois era necessário desligar o gás para não botar fogo nas cobertas, as duas meninas estavam embrulhadas em cobertores: fazia de 0 a 5 graus e na posição que deitavam para dormir, acordavam. A mãe e a tia as embrulhavam ao mesmo tempo, numa espécie de brincadeira, e prendiam as duas d...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

As coisas podiam ser mais simples. Sem medo, sem acontecimentos inesperados, sem narrações tensas quando só queremos um pouco de música suave. Poderiam não nos perturbar e, em troca, nós não perturbaríamos também. Não diríamos coisas negativas, não entraríamos nas pilhas erradas, não encontraríamos aquele amigo que adora ouvir as nossas reclamações quando a gente quer reclamar. ...[continuar lendo]

18.06.2015 / Crônicas

Sonhei que estava com amigos naquelas praias que a gente anda quilômetros mar adentro e continua com a água pela cintura. Poderia ser a Lagoa de Araruama nos áureos tempos, mas era uma dessas praias paradisíacas do Taiti. E o melhor: tinha um deque compridão, onde apoiávamos muito luxo e riqueza. Champanhe, flores tropicais, uma barraca bem linda e branca que nos dava sombra. Também tinha m...[continuar lendo]