27.11.2015 / Coisas bacanas
Uma joia para chamar de sua

Mesmo quem não viveu os anos 80 deve lembrar da ‘Porta da Esperança’, quadro do ‘Programa Silvio Santos’ na TV, em que as pessoas pediam coisas que necessitavam, de armários a cadeira de rodas. Um dia, uma senhora elegante apareceu no palco com um desejo bem diferente: “Quero um colar de esmeraldas. Tenho dinheiro para comprar, mas tem que ser dado”. Quando a porta da esperança se abriu, e lá estava o representante de uma joalheria, meu queixo caiu. Foi surpreendente a emoção daquela mulher.

Toda essa volta para falar da força emocional das joias, estrelas da segunda edição da Joialerismo Expo, que acontece sábado no Solar das Palmeiras, em Botafogo, de 13h às 21h. Com 30 expositores, sendo 28 novos designers e estandes de duas escolas, a exposição é uma oportunidade única para quem quer fomentar a economia colaborativa, comprando joias direto dos ourives, sem intermediários, com preços a partir de R$ 100. E mais: ainda será possível consertar as que você já tem no Solar.

Colar de Bela Aiache, da Candyglass, marca que traz a arte do Murano artesanal para sua joalheria

Colar de Bela Aiache, da Candyglass, marca que traz a arte do Murano artesanal para sua joalheria

 

A curadora Livi Pires (desenhista industrial e sócia da Escola Brasileira de Joalheria), endossa o valor dos metais preciosos muito além do dinheiro. ”Tenho um conceito de que joia é emocional. Além de valorizar seu visual, faz você se sentir bonita. Também tem a questão da valorização do produto feito a mão, do pequeno produtor. Joia é adorno. A pessoa tem que usar para se sentir bem, não para ostentação”, explica ela, que lança a marca masculina 950ForMen com a sócia, Luana Moss.

As boas intenções existem, mas a designer também destaca o lado comercial da Joialerismo. “Eu quero que todos vendam, claro. O evento é para isso. O Rio é um polo enorme de joalheria no Brasil e os designers não têm onde expor. Estamos fazendo no último fim de semana de novembro de propósito. Está perto do Natal, mas nem tanto. Quem se interessar pode comprar com calma”, diz Livi. E quem garante que prata e ouro são verdadeiros? “De certa forma, eu e a Luana somos uma garantia, pois temos muito cuidado com a curadoria. Mas todos usam prata 950, ouro 750 e dão garantia”, conta Livi. A exposição tem apoio do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais, IED e Anglo Gold.

Par de brincos da designer Andrea Porto: contemporâneo, com formas geométricas

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Colares de Bianca Basilone: joia delicada para usar no dia a dia

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