13.02.2017 / Crônicas

Uma criança correndo na praia, brincando sem nada pensar... Correndo em busca do que nos é mais caro: o momento. Tem uma amiga com quem aposta corrida até o metro seguinte e a beira do mar. Correm para a espuma e voltam, fugindo das ondas grandonas... rodam ao redor do bambu fincado na areia com uma bandeira vermelha indicando perigo, mas aquele sinal só serve de apoio para que eles girem e girem, até ficarem tontos. E quando ficam tontos, correm para um lado, e depois para o outro. Sorriem, correm, fogem, abraçam-se e afastam-se... e assim, a brincadeira começa de novo. Rodo mentalm...[continuar lendo]

13.11.2016 / Crônicas

‘Quero ser grande’ extrai o melhor de nós. É o tipo de filme que faz toda a diferença ver com 13, 23, ou 43 anos. Mais velhos, ficamos seguros e conscientes do quanto a vida adulta, com cinismo inerente, envolve a todos com uma camada de instinto de sobrevivência muitas vezes desnecessário. Em 2018, a história, que virou clássico e fez o mundo se curvar à doçura de Tom Hanks, fará 30 anos. Nela, um garoto consegue se tornar adulto depois de fazer um pedido numa máquina de um parque de diversões. Como é moderno e sempre será! Traz embutido o conceito das startups, o investi...[continuar lendo]

25.10.2016 / Crônicas

Em três dias tudo mudou. Eu poderia ter morrido, mas não. Tudo teria realmente mudado muito, um vazio teria ficado. Entrando no meu quarto, veriam quantas coisas não precisamos ter. Mas algumas, essas sim, nos são caras e intangíveis. A mão que acaricia, o olhar que vê o filho crescendo ao amanhecer, o café com leite que amansa a alma, que a sua pele tem textura e temperatura – apesar dos defeitos que você põe, que estamos vivos! Tantas coisas ficariam para trás, as supérfluas e as nem tanto, caso tudo tivesse dado errado. Mas era só apendicite, e, apesar dos meus temores de ...[continuar lendo]

25.05.2016 / Crônicas

Jardins, arquitetura, fontes, construções de tijolos vermelhos e a luz do sol. Essa mistura, entre ciprestes e oliveiras, é o cenário perfeito dos meus sonhos, cultuado em filmes e mais filmes e numa viagem a Roma. Foi tão grande a vivência que um amigo sempre me pergunta: "Quantas vezes você foi a Roma mesmo?". Ele já havia morado na Itália e sabia que eu havia ficado apenas oito dias. Mas a cada encontro nosso, eu tinha uma história nova para lembrar e me fazer feliz. As comidas que comi, as pessoas que conheci, os vinhos, os doces, as praças, o Vaticano, esbarrar numa coisa const...[continuar lendo]

08.04.2016 / Crônicas

A diferença entre ser bem-amado e não ser muitas vezes é o querer. Assim como boa parte das coisas na nossa vida, temos que ter uma inclinação àquilo. Querer amar, querer ser feliz, querer escolher isso. Está chateado? Muitos fatores são alheios à nossa vontade. Mas outros, não. Quantas vezes você não se pegou pensando "por que eu tenho que passar por isso?". Eu, várias. Por que perdi pai cedo? Por que mamãe teve uma doença degenerativa e morreu aos poucos? Por que nada para mim veio fácil? Mas também posso mudar essa forma de pensar. Por que tive um pai que me admi...[continuar lendo]

21.02.2016 / Crônicas

Estávamos num almoço. Papo vai, papo vem, alguém começou a falar de sonhos. De todos os tipos. Mas paramos nos premonitórios - ou nos que achamos que fossem. Fecharam toda a fazenda, uma fazenda de café no interior de São Paulo, janelas batendo, cavalos correndo, muito vento e avisavam que alguém estava chegando. Quando acabaram tudo, ele acordou e recebeu a notícia: na capital, a matriarca morrera. Ficaram todos arrepiados. Alguém sonhou com a avó. Outra com o pai que já se foi. E era sempre muito bom: a avó lhe deu colo e conversa boa, o pai viera avisar que estava tudo be...[continuar lendo]

14.02.2016 / Crônicas

Na véspera não foi muito diferente, mas foi a habilitação. Entramos para um mergulho e a água estava tão boa, que ficamos. Nisso, veio uma onda maior, mais distante, que nos levou a pensar rápido e nadar em direção a ela. “Pula ou mergulha?” Pulamos. Deu. Virando o rosto um pouco pra areia e olhando pra frente em seguida, pois adiante vinha outra: mais para dentro e mais alta. Já estávamos quase no pé dela, nos olhamos e mergulhamos, não deu tempo de combinar. A sequência foi forte. Aí acalmou. Nos olhamos orgulhosas: “Foi demais”. Saímos da água com a parada ganha dep...[continuar lendo]

25.01.2016 / Crônicas

"Quando você encontrava uma boca que gostava de beijar, queria parar nela". É o que diz a crônica 'Para o Amor de Carnaval Durar', que já tem alguns carnavais......[continuar lendo]

31.12.2015 / Crônicas

Em 2016 eu quero mais entendimento. Menos mal-entendidos, mais comprometimento, mais verdades, mais amor.  Que ninguém apenas repita o que lê por aí. Informações para sustentar diferentes e opostas opiniões existem. Sempre, claro. Mas que a gente busque menos argumentos para embasar nossas ideias formadas. Que tenhamos mais paciência e um pouquinho de dom para ouvir. Que nossos corações não se apertem tanto mais. Principalmente à noite. Quando os problemas parecem indissolúveis e não há como resolvê-los. E só temos R$ 10 na carteira. Meu Deus! Mas e se uma emergência ocor...[continuar lendo]

27.11.2015 / Crônicas

A partir de hoje, fica decretado que ninguém mais vai achar o amor cafona. O amor é supermoderno. O amor é tendência. Isso desde que o mundo é mundo. Mas para quem se incomoda em achar o amor um bálsamo da vida, por isso ser meio brega de dizer, vai haver entendimento que amar é bom. Assumir que ama ser amado. Ama o sorriso, a gentileza, a sensibilidade, a emoção. Ama carinho de mãe, ama lembrar da mãe que foi mãe, ou da amiga da mãe, ou a tia da mãe, a professora da infância, a vizinha, a mulher que te inspirou. Ama a presença do pai. Aquele que semeou sua exist...[continuar lendo]