19.06.2015 / Crônicas

A primeira vez que você vai à casa de alguém, quando observa cada objeto, imagina cada história que ele tem, descobre os gostos, o estilo, o olhar. É uma sensação parecida de quando se via álbuns de fotos de outras pessoas, quando elas voltavam de viagem. Se eram boas fotógrafas, logo descobria-se muito mais do que o que estava ali estampado no 10x15. Você viajava além. Com atenção, a...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

De repente começou a tocar: “Dai-me outra cor / Que não seja a do seu olhar / Dai-me outro amor / Que venha pra me perpetuar / Dai-me outra cor / Que não tenha o que eu quero enxergar...” E mais pra frente: “Não quero mais me desmentir / Eu não vou mais te procurar”. A poesia linda da música de Felipe S, do grupo pernambucano Mombojó, é de dez anos atrás e como sempre os relatos d...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

Estão morrendo de tédio ou o mundo vai muito desinteressante. Tudo é clichê. Até na tentativa de ser diferente todos acabam sendo iguais. As leituras apontam para o mesmo tom blasé, as notícias que repercutem são semelhantes, e é muito fácil ter audiência investindo nas fórmulas que estão aí. O que querem saber de diferente? Querem? A preguiça está estampada em livros, gostos, moda...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

Há 15 dias, um vídeo foi postado no YouTube e hoje já passa de um milhão e 200 mil acessos. Não é o último fenômeno do funk, mas uma experiência da real beleza promovida pela marca de cosméticos Dove. Em pouco mais de seis minutos, as mulheres têm a chance de sofrer um choque de realidade e perceber o quanto são duras com a própria imagem. Uma vez fui aconselhada a escrever sobre u...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

Era um homem discreto. Bethina seria incapaz de reconhecer seu tom de voz fora dos cumprimentos “bom dia” e “boa tarde”. Sabia que era um gênio quando o assunto era computador e que tinha sido um grande mecânico de motos na juventude. Também fumava muito e estava sempre observando, com as duas mãos para trás, como quem está rodeado de itens frágeis, numa sala cheia de cristais. Cami...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

Já fui muito criticada por isso, mas sou daquelas que acham que o trabalho enobrece o homem. Aquele pensamento bem classe média, de querer carteira assinada e casa própria. Enquanto que para uns isso representa a prisão, para mim sempre representou a liberdade. Não quer dizer que seja a forma correta de pensar, mas é uma forma, o meu modo de encarar as coisas, o meu certo. O trabalho me deu ...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

O metrô estava cheio e entrou um sujeito com um acordeom. Encostou na porta em Copacabana e começou a tocar. A cada estação, parava e puxava aplausos, até descer na Cinelândia. Assim que deu os primeiros acordes, emocionou. Eu estava pensando nos conselhos que recebi para tornar a gravidez mais saudável: “Passa creme na barriga, faz massagem, bota um som para o bebê ouvir”. E aí aquel...[continuar lendo]