24.06.2015 / Crônicas

Arrumar não é jogar no lixo. As pessoas confundem as coisas: “Ah, vamos arrumar. Vamos dar essa mesa pé palito dos anos 50, vamos pegar esse livro de arte sobre mar – afinal, eu odeio mar – e esse chapéu de plumas verdes que foi da vovó e jogar tudo fora”. Agora, anda. Feng shui! Essa casa está precisando de energia fluindo. Vamos logo, vamos logo. Ei, como assim? Não é assim. A...[continuar lendo]

24.06.2015 / Crônicas

Luiza foi pega de surpresa. “Tia Lulu, faz o barulho da girafa pra mim?”. Sentiu-se desafiada e perdida, pois nunca havia parado para pensar sobre isso. E agora? Qual o som da girafa? Inventou qualquer barulho na hora para evitar que a menina descobrisse que, diferente do que pensava, tia Lulu não sabia tudo. Depois foi procurar no Google e descobriu que o animal não tem voz, mas, mesmo sile...[continuar lendo]

24.06.2015 / Crônicas

Revirando o armário para a mudança, achou um saco com as fantasias de Carnaval. Estavam lá um collant preto bordado com paetês de ‘Garota do Fantástico’ (do tempo em que o dominical da Globo exibia umas mulheres na abertura), a odalisca com o chapeuzinho feito de caixa de Catupiry forrada com cetim azul e metaloide, a cabeça de burrinho da festa do colégio. “Mas como mamãe teve corag...[continuar lendo]

24.06.2015 / Crônicas

Minha caneleira está lá sentadinha na poltrona. Linda, eu olho para ela e ela para mim desde o Natal de 2009. Resoluta, fui atrás dela como quem vai atrás de um grande amor. Achei o modelo ideal, não muito pesada, tecido bonito, azul, para não ficar tão mulherzinha. Falei para o meu amigo Mario, todo fortão: “Comprei a caneleira. Você vai ver. Exercício todo dia, pernão”. Ele riu. ...[continuar lendo]

24.06.2015 / Crônicas

A descoberta da pólvora: “Hoje em dia, tenho a impressão de que a tecnologia acelerou muito o que faríamos em um dia. Com telefone, Internet, smartphone, a gente resolve tudo o tempo todo. Então, o que levaríamos um mês para fazer, levamos um dia. Ficou tudo frenético. Antigamente, você tinha que ter a ficha do orelhão. E ainda tinha que dar a sorte de encontrar um orelhão funcionando....[continuar lendo]

24.06.2015 / Crônicas

Filme preferido? “Castelos de Gelo e ET.” Tem um sonho impossível? “Ser campeã mundial de patinação no gelo.” Mar ou montanha? “Mar.” Sol ou lua? “Sol.” Já beijou? Quem? “Não posso revelar.” Qual sua idade? “14 anos.” Antigamente, na época da minha adolescência, a melhor parte do recreio era responder questionários. Eu trocava até o tempo da fila do cheeseburger e...[continuar lendo]

24.06.2015 / Crônicas

O casal não acordou e não embarcou no avião que caiu rumo a Paris. A moça bonita resolveu ir para casa e não emendou naquela festa, onde viria a conhecer seu amor. Com raiva, um outro rapaz pegou o primeiro ônibus que passou. Depois de terminar um namoro, a menina não saiu com os irmãos para o bar da moda. Um outro casal: o namorado mentiu, dizendo que a havia traído, e a mulher saiu de n...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

Uma das cenas mais bonitas, para mim, é ver um garçom no exercício de sua profissão. Não estou dizendo uma pessoa que arranjou um bico e joga uma coisa na sua frente, mas aquela com dom e talento para servir. Que observa seus gostos, já sabe como é a sua água, sem que você precise dizer “natural, normal, sem gás, sem gelo no copo, sem estar gelada” para entender que você só precisa...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

Sempre amei demais, mas nunca sequer fui capaz de mensurar o que é amor de mãe. É sentimento e vivência que só experimentando para saber. Nao é como tudo na vida, pois sobre algumas coisas pode-se ter uma ideia bem real sem ter a experiência, com suposições, comparações, vendo fotos e vídeos... O amor de mãe começa na notícia da gravidez e nasce com o filho com a força de um par...[continuar lendo]

19.06.2015 / Crônicas

Pode entrar, a casa é sua, mas aqui as regras são minhas. Há que se ter sensibilidade para chegar à casa de alguém. Não dá para ir chegando sem respeito ao seu dono, impondo suas próprias regras de convivência, falando alto, achando que assim está sendo superlegal com quem está te recebendo. É como chegar numa pista de dança. Se você não tem know how para ir pro meião, chega devaga...[continuar lendo]